Assim como todas as partes do nosso corpo, os dentes também envelhecem. Assim como a pele ou qualquer outro órgão, não há uma forma de evitar que isso aconteça. Contudo, existem cuidados que podem ser tomados para que não se acelere o processo.

Sinais do envelhecimento dos dentes

Existem algumas características que são relacionadas com o envelhecimento dos dentes. 

• Posição dos dentes

Pessoas com mais idade tem a tendência de ter uma espécie de apinhamento dental nos dentes inferiores. Com a utilização da arcada dentária durante a vida, a movimentação  da mandíbula para atividades normais como comer, falar, os dentes inferiores acabam se movimentando um pouco para frente. Não é algo exagerado, mas pode ser notado, principalmente, em pessoas mais velhas. 

• Desgaste do esmalte e amarelamento do dente

O esmalte é um tecido mineralizado que se encontra na parte externa do dente. Ele protege a polpa dentária e a dentina, que são as camadas mais sensíveis, repletas de nervos. Ao longo da vida, com alimentação e até escovação, há um desgaste do esmalte. Isso acaba gerando uma maior exposição do dente, resultando em um amarelamento da dentina. Esse processo é característico de pessoas com mais idade.  O nível de escurecimento dos dentes depende muito da genética da pessoa. 

• Afinamento da mucosa

Esse fator não é diretamente a respeito do dente, mas da cavidade bucal como um todo. Com o passar dos anos, há uma diminuição da vascularização. Como resultado, a mucosa acaba ficando mais fina, suscetível a traumas e com uma dificuldade maior de cicatrização.  

Principais causas de envelhecimento precoce

Recentemente, notou-se que cada vez mais jovens aparecem com envelhecimento precoce dos dentes. Podemos fazer uma relação disso com os costumes atuais de rotina e alimentação.

•  Dietas desreguladas

Algumas pessoas, em vez de irem à um profissional, preferem acreditar em dietas ou hábitos alimentares que estão na moda. Muitos fazem isso sem pensar na saúde, apenas no emagrecimento rápido ou para estar “por dentro”. Um exemplo recente é a indicação de se tomar água com limão em jejum. O limão, por ser cítrico, pode prejudicar o esmalte dos dentes a longo prazo.

Os vícios alimentares – principalmente em bebidas – pode afetar bastante o esmalte dos dentes e causar um envelhecimento precoce. Café, chás, vinho, refrigerantes em excesso não fazem bem nem para o organismo e nem para os dentes.

• Estresse

Atualmente, o estresse e ansiedade atinge uma boa parcela da população. Algumas pessoas, em momentos de estresse, acabam tensionando a mandíbula, cerrando os dentes, o que pode desgastar o esmalte e afetar as gengivas. 

Além disso, o nervosismo pode diminuir a quantidade de saliva da boca. Isso gera uma desregulação do PH bucal, e tornando os dentes mais vulneráveis à acidez.

• Doenças gástricas

Algumas doenças, como o refluxo, fazem com que o suco gástrico entre em contato com a boca, tornando o ambiente mais ácido. Isso pode favorecer uma corrosão dos dentes. Por isso, o indicado é buscar ajuda médica.

Como prevenir

O esmalte dos dentes não tem como se regenerar. Por isso, cuidados preventivos são a melhor opção para que seus dentes não envelheçam antes do resto do corpo.

 

• Rotina de escovação

 

O hábito de escovar os dentes algumas vezes por dia já auxilia em diversas questões da saúde bucal. Em relação ao envelhecimento dos dentes, a recomendação segue sendo fazer a higiene bucal após comer, escovando bem. Contudo, existe um cuidado a mais que pode ser tomado: enxaguar a boca após consumir alimentos ácidos e antes da escovação. 

 

• Alimentação saudável 

 

Uma alimentação equilibrada, assim como a rotina de higiene bucal, favorece diversos benefícios para a saúde do corpo todo. Evitar consumir industrializados, prezar pelos alimentos naturais, adequar a quantidade da comida com a necessidade do corpo entram nessa questão. O excesso de alimentos ácidos, por exemplo, faz com que o esmalte do dente seja danificado a longo prazo. Assim como o consumo exagerado de certas bebidas como café, refrigerantes, vinhos. Até a ingestão de proteína a mais do que o seu organismo necessita pode atrapalhar.

 

• Consuma alimentos ricos em cálcio diariamente

 

O cálcio está entre os nutrientes que se deve consumir diariamente. A quantidade diária recomendada pelo Ministério da Saúde é de 1g de cálcio por dia para adultos e 700 mg para crianças de 7 a 10 anos. O mineral é importante porque faz parte da formação de tecidos duros, como dentes e ossos. Logo, uma higiene adequada aliada com o consumo de alimentos ricos em cálcio, propicia que os dentes – e ossos – se mantenham fortes. O mineral pode ser encontrado em vegetais verde escuro, como brócolis, rúcula, agrião,  cereais integrais, peixes e soja. O cálcio pode ser encontrado em leite de vaca e derivados, mas a absorção do mineral não é tão eficaz.

 

• Vitamina D

 

A vitamina D é um dos componentes que fixa o cálcio nos tecidos duros. A principal fonte dessa vitamina é o sol. O recomendado é tomar, no mínimo, 15 minutos de sol por dia. Em algumas rotinas, isso não é possível. Então pode-se suplementar com o consumo de ovos, óleos vegetais, vísceras  animais e até manteiga.

 

• Faça acompanhamento com um profissional

 

Maioria das pessoas tem o costume de fazer check-ups da saúde do corpo anualmente. Fazem exames de sangue gerais para verificar se está tudo bem. O mesmo deve ser feito com a saúde bucal. Um acompanhamento com um profissional que possa notar caso algo esteja fora do padrão.

 

Agora, você já sabe que os dentes envelhecem e as formas de prevenir que os seus passem por esse processo precocemente. Se houver maiores dúvidas, entre em contato conosco ou deixe um comentário aqui embaixo.