Com a modernização do mundo e da forma de se consumir alimentos, houve uma grande mudança que está associada aos padrões alimentares que passaram a ser incorporados na dieta das pessoas. Pode não parecer, mas o que você come não influencia apenas na silhueta, mas também nos seus dentes. 

Apesar das crenças comuns orientarem sobre o que se deve comer ou não, o fato é que cada pessoa deveria seguir uma alimentação individualizada, baseada no seu histórico de saúde geral e bucal.

Como a alimentação influencia na saúde bucal?

Os alimentos estão diretamente ligados ao funcionamento do seu corpo, já que são a fonte de energia. Por isso, é importante estar atento àquilo que você está ingerindo e as quantidades.

Alimentação rica em fibras é a melhor aliada da saúde bucal, apontam especialistas. Com ela você consegue trazer benefícios para sua gengiva, além de promover uma auto limpeza nos dentes.

Quais alimentos podem prejudicar os dentes e gengiva?

Um dos vilões mais comuns da saúde bucal é a cárie. Seguindo esse pensamento, pode-se já entender que são os alimentos ricos em carboidratos e sacarose que mais trazem prejuízos.

A correria do dia a dia mudou os padrões de alimentação, fazendo com que houvesse um enorme consumo de produtos vendidos em lanchonetes, que são ricos em diferentes tipos de açúcares.

Esse consumo em excesso aumentou o índice de cáries tanto em crianças quanto em adultos. Por isso, é importante redobrar a atenção na hora de comê-los.

Eles devem ser ingeridos em quantidade suficiente para manter o equilíbrio orgânico, porém são mais influenciadores da formação de placa bacteriana por ficarem aderidos ao esmalte dental.

Dessa maneira, não deixe de lado a escovação e higiene bucal após as refeições. Esses hábitos são indispensáveis!

As dietas restritivas podem afetar a saúde bucal?

A alimentação deve ser aliada ao seu corpo, e não inimiga. E como ela está ligada diretamente à saúde bucal, a falta de alguns cuidados podem trazer consequências negativas.

Podemos destacar as dietas restritivas, como pacientes que fazem uso de medicamento controlado, quem foi submetido à radioterapia e pessoas que fazem dietas de emagrecimento, elas contribuem para o excesso de formação de placa bacteriana sobre os dentes e mucosa bucal.

Nesses casos, pode acontecer o aparecimento de cárie e doenças como a candidose bucal.

Dietas x Bom hálito

Quando decidimos fazer uma dieta nossa principal preocupação é perder peso e por isso, muitas vezes acabamos nos esquecendo de outras questões do corpo.

Quem opta por cortar os carboidratos, por exemplo, não sabe que está resolvendo um problema, mas criando outro: a possibilidade de ter mau hálito.

Quando a pessoa corta esse tipo de comida ela favorece a queda do teor de açúcar no sangue fazendo com que o organismo passe a buscar energia alternativa na queima das gorduras.

Esse processo libera resíduos conhecidos como “corpos cetônicos” que, através da circulação sanguínea, chegam aos pulmões e são eliminados por nossas vias aéreas, liberando um odor desagradável.

A dieta da proteína (que restringe o consumo de carboidratos) é inimiga do bom hálito por causa do corte desse tipo de alimento, mas também por outros motivos: Os alimentos ricos em proteína contribuem para que ocorra na boca um pH alcalino, propício ao desenvolvimento das bactérias formadoras de maus odores.

Para completar, as proteínas de origem animal (carnes, ovos, leite e derivados) favorecem a formação de muco. Com isso, a saliva fica mais grossa e ocorre maior acúmulo de biofilme lingual (saburra), um dos principais vilões do bom hálito.

É inevitável ter um bom hálito durante uma dieta de proteínas, porém há meios que visam minimizar o problema. São eles:

  • Alimentar-se a cada três horas, preferencialmente em pequenas porções para que a salivação ocorra naturalmente.
  • Consumir alimentos como maçã, cenoura crua, folhas e castanhas, pois são alimentos fibrosos, saudáveis e de poucas calorias que ajudam a limpar a boca e, assim, contribuem para um hálito fresco. 
  • Beber água com mais frequência e consumir alimentos ricos em água também é fundamental, pois essa bebida é a principal matéria prima para a formação da saliva.
  • Consumir diariamente frutas cítricas que excitam o paladar com o sabor azedo e, com isso, estimulam o fluxo salivar.
  • Ter uma rotina de higiene bucal caprichada que inclui escovação dos dentes e uso de fio dental, além de limpeza da língua com gaze e limpadores de língua. Em alguns casos é indicado o uso de enxaguantes bucais no fim desse processo.

Refresque seu hálito

Se você notou que está com hálito cetônico, mas ainda quer continuar a dieta cetogênica, experimente alguns desses métodos para lidar com o cheiro:

  • Mastigue chicletes sem açúcar para ajudar a estimular a saliva e a refrescar o hálito.
  • Ajuste a ingestão de carboidratos complexos, como verduras e grãos integrais, e continue evitando os carboidratos refinados.
  • Encha uma garrafa de água e beba ao longo do dia.
  • Mantenha bons hábitos de higiene bucal. Um estilo de vida com restrição de carboidratos, embora benéfico para a saúde bucal, não substitui a escovação e o uso do fio dental diários.
  • Adicione ervas frescas à água e ao chá. Ervas como cravo, canela, hortelã e erva-doce são purificadores naturais do hálito.

Em todo caso, fique atento e mantenha um acompanhamento com o profissional especializado.

Assim, sua saúde bucal estará sendo mantida e controlada corretamente.